By: Leonardo Menezes
Economia
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A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) COVID-19, registrou um aumento no desemprego de 13,7% ao final de julho. O número corresponde a cerca de 12,9 milhões de pessoas que estão sem emprego, ou seja, 3,1 milhões a mais do que no início de maio.
Do outro lado, temos os indivíduos ocupados, em outras palavras, os trabalhadores formais, que em maio eram 83,9 milhões e em junho 81,2 milhões, segundo a Pnad.
Dados de ocupação e desocupação
As variações de ocupação e desocupação, que deixam em evidência o aumento do desemprego, podem ser observadas pelos gráficos da Figura 1, formulados pelo Grupo de Conjuntura da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac)/Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
FIGURA 1 – Níveis de ocupação e desocupação trabalhista
Os dados referentes a maio e junho são o reflexo dos piores meses da crise do coronavírus (março e abril), apresentando esse aumento do desemprego. A queda das vendas, por conta do fechamento de diversos setores de serviço, impediu o crescimento econômico. Nesse sentido, os donos de negócios precisaram tomar algumas medidas ante a falência.
A medida lógica em momentos de crise são as demissões, portanto, o desemprego, que, segundo Maria Andreia Lameiras, técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea, tendem a manter-se estáveis nos próximos meses, resultando em um aumento na procura de empregos e, consequentemente, na necessidade de geração de vagas que devem ser ofertadas parar acompanhar a melhora do mercado nos meses de junho e julho.
A informalidade afetada pelo Desemprego
A Pnad destacou, inclusive, o pequeno avanço da informalidade do trabalho na última semana de julho, os dados estão disponíveis na Figura 2.
FIGURA 2 – Informalidade do trabalho em tempos de pandemia
Com o aumento do desemprego, a informalidade tende a seguir o mesmo ritmo, uma vez que as pessoas precisam gerar renda para sobreviver. Logo, devemos ter um aumento no número de informais para o mês de agosto, superando os 33,5% (27 milhões) contabilizados até agora.
Em síntese, o desemprego é maior do que se imagina, ao passo que muitas pessoas não foram atrás de um serviço por conta da pandemia. Portanto, para impedir a fraqueza do mercado, deve haver a geração de novas vagas de empregabilidade, de modo a fortalecer a economia.
Enquanto de um lado o desemprego assola os brasileiros, no setor industrial há uma confiança crescente quanto aos investimentos, para mais informações continue em nosso blog e acesse o texto: Cresce a confiança do empresário industrial.