Os meses de maio e junho de 2020 apresentaram um lento crescimento para o setor varejista (aumento de 14,4% de abril para maio e 8% de maio para junho) segundo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Esta evolução diminuiu o impacto das altas quedas de vendas presenciadas em março e abril.

Por consequência dos isolamentos sociais e fechamento do comércio que foram alternativas contra a proliferação do coronavírus, o varejo sofreu solavancos que ainda apontam para o fechamento de cerca de 980 mil postos de trabalho.

Os setores menos afetados foram os farmacêuticos e redes de supermercados, serviços essenciais que continuaram trabalhando em meio à pandemia.

            Em contrapartida, a área mais afetada pela pandemia foi a de vestuários, que em abril apresentou uma queda de 81% se comparado ao mesmo mês de 2019 e, em maio, uma queda de 64,4% em comparação anual, dados da Fecomércio de São Paulo.

            O auxílio emergencial disponibilizado pelo governo impediu uma queda ainda maior a esse setor ao garantir que houvesse dinheiro para circular na economia do país. Por outro lado, a oferta de crédito a juros baixos que deveria ser uma segunda medida de auxílio, voltada para empreendedores, caiu na armadilha da burocracia, em outras palavras, poucos são os donos de negócios que conseguem empréstimos bancários.

            Assim como algumas medidas governamentais, a Internet teve um papel fundamental para o período, visto que a adaptação do varejo a esse novo meio de compra e venda assegurou que essas atividades não ficassem paralisadas.

Por mais que o varejo tenha demonstrado uma certa recuperação ao final do primeiro semestre, ainda é uma recuperação lenta e que apresentou queda de 3,1% se comparado ao mesmo período de 2019; e queda de 7,7% considerando uma análise acerca do segundo semestre, dados do IBGE.             A expectativa tanto dos trabalhadores quanto dos empresários é que essas medidas provisórias e emergenciais possam sinalizar uma vida financeira capaz de reorganizar a economia, permitindo a volta do crescimento varejista.